quinta-feira, 27 de abril de 2017
quarta-feira, 26 de abril de 2017
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA
Alternaria
cucumerina – Curcubitáceas;
Alternaria
longipes e Alternaria tabacina –
Fumo;
Alternaria
sonchi – Almeirão e Chicória;
Alternaria
alternata – Algodão, Arroz,
Aveia, Batata yacon, Cevada, Feijão, Kiwi, Maçã, Mamão, Milho, Pêra, Romã,
Sorgo, Tomate, Trigo;
Alternaria
helianthi – Girassol;
Alternaria
ricini – Mamona;
Alternaria
tenuis – Milho;
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS
Temperaturas entre 22 e 30°C e
umidade maior que 80%.
SINTOMAS E DANOS
É uma doença
de pouca importância para as curcubitáceas. Já na cultura do fumo, pode causar sérios problemas. A ambiente ideal para
proliferação da doença é em locais quentes e úmidos. Na cultura do girassol, se apresenta como uma das principais doenças,
ocorrendo em praticamente todas as regiões e em todas as épocas de semeadura. Os
danos são atribuídos à diminuição da área fotossintética da planta, devido à
formação de manchas foliares e à desfolha precoce. Plantas severamente atacadas
apresentam maturação antecipada, com diminuição da produção e do peso das
sementes.
Os
sintomas iniciais são leve encharcamento nas folhas mais novas, seguido de
pequena área amarelada com tecido de consistência coriácea e, finalmente,
necrose a partir do centro da mancha que geralmente fica perfurada. Na face
inferior das folhas do tecido necrosado ocorre intensa esporulação do fungo. Em
caso de ataques severos, toda a folha é atacada e termina caindo. Os frutos,
grãos e sementes também são atacados pelo fungo, sofrendo deterioração e
apodrecimento. A Alternaria dauci
pode causar damping-off na cenoura. Também é de grande
importância na cultura da beterraba.
PREVENÇÃO E CONTROLE
→ Utilização De sementes sadias;
→ Fumigação nos canteiros;
→ Evitar o plantio sequencial no mesmo local;
→ Evitar o plantio em áreas que já houveram grande
ocorrência da doença nos anos anteriores;
→ Evitar o excesso de adubação (principalmente de N);
→ Plantio em solos bem drenados;
→ Eliminação de restos culturais;
→ Busca de cultivares com maior tolerância ou
resistência à doença;
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA EM ABÓBORA
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA EM ALGODÃO
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA EM BATATA
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA EM CENOURA
Adaptado de: Agrolink
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA EM FEIJÃO
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA EM FUMO
Adaptado de: Agrolink
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA EM GIRASSOL
Adaptado de: Agrolink
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA EM MAÇÃ
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA EM MAMÃO
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA EM MAMONA
Fonte: EMBRAPA
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA EM MELANCIA
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA EM MILHO
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA EM PÊRA
MANCHA-DE-ALTERNÁRIA EM TOMATE
terça-feira, 18 de abril de 2017
TERRACEAMENTO
O
terraceamento é uma prática de combate à erosão, que consiste na construção de
terraços que tem o intuito de controlar o volume e direção do escoamento das
águas das chuvas. É recomendado que o seu uso seja feito em conjunto com outras
práticas, como a cobertura do solo com palhada, calagem e adubação fertilizante
balanceadas, e com práticas de caráter vegetativo, por exemplo, rotação de
culturas com plantas de cobertura e cultivo em nível ou em contorno.
Ele consiste
na construção de uma estrutura transversal ao sentido do maior declive do
terreno. Apresenta estrutura composta de um dique e um canal e tem a finalidade
de reter e infiltrar, nos terraços em nível, ou escoar lentamente para áreas
adjacentes, nos terraços em desnível ou com gradiente, as águas das
chuvas. Logo, a função dos terraços é
interceptar a água que escorre na superfície da área, evitando a formação de
enxurradas e favorecendo a infiltração da água no solo e ou a sua drenagem
lenta e segura, além de contribuir para a recarga de aquíferos.
PLANTIO DIRETO + TERRACEAMENTO
Muitos
acreditam que quando se faz uma dessas duas práticas, não é necessário fazer a
outra, no entanto já foi comprovado que o plantio direto sem o teraceamento não
evitam os riscos de erosão, já que as chuvas de alta intensidade podem
acarretar em enxurradas muito fortes que podem ocorrer a remoção das palhadas.
CLASSIFICAÇÃO DOS TERRAÇOS
Quanto à função:
Terraço em nível, de retenção ou de infiltração
São terraços
construídos sobre as niveladas demarcadas em nível e com as bordas bloqueadas,
cuja função é interceptar a enxurrada e permitir que a água seja retida e
infiltre. É recomendado para solos de boa permeabilidade, como os Latossolos e
Nitossolos, além do solos arenosos, como os Neossolos Quartzarênicos e as
Areias Quartzosas.
Terraço em gradiente, desnível, de escoamento ou de drenagem
São
construídos com pequeno gradiente ou desnível transversalmente ao maior declive
da rampa. Acumula o excedente de água e permite seu escoamento lentamente para
fora da área protegida, por uma ou duas extremidades abertas, até canais
escoadouros vegetados. São recomendados para solos com permeabilidade moderada
ou lenta que dificultam a infiltração de água da chuva na intensidade necessária,
como os solos das classes dos Cambissolos, Argissolos, antigos Podzólicos e
Neossolos Litólicos.
Terraço misto
Construído com
um canal de pequeno declive e com um volume de acumulação do escoamento
superficial. Uma vez que esse volume de acumulação seja preenchido, começa a
funcionar como terraço em gradiente.
Quanto à construção:
Tipo Nichols
Esquema de terraço tipo Nichols em uma rampa
Na sua construção, o solo é
cortado com arado, e não se deve usar grade-aradora. O solo deve ser movimentado
sempre de cima para baixo, de modo que a massa que forma o camalhão é retirada
da faixa imediatamente superior, o que resulta no canal. Esse tipo de canal pode ser construído em rampas
com declive de até 15% e, excepcionalmente, se o solo apresentar boa cobertura
de palhada, a 18%.
Tipo Manghum
É movimentada uma faixa mais
larga de solo que a do terraço tipo Nichols. A massa de solo é deslocada tanto
da faixa imediatamente superior como da inferior ao camalhão, e nos dois
sentidos da aração, em passadas de ida e volta com o trator. Esses terraços
podem ser construídos com terraceadores em terrenos de menor declividade. Quanto
à dimensão da estrutura e volume de movimentação de terras, os terraços podem
ser de base larga (A), média (B) ou estreita (C), sendo os de base larga e
nivelados recomendados para a construção em Latossolos e Neossolos
Quartzarenicos. Esse tipo de terraço tem a vantagem de permitir o cultivo em
praticamente toda a sua superfície e de facilitar sua manutenção com as operações
normais de preparo do solo.
Os terraços de base média são
indicados para pequenas ou médias propriedades onde há maquinaria suficiente
para os implementos recomendados, com declividade do terreno de até 15%, E os
terraços de base estreita são recomendados apenas em condições em que não seja
possível instalar terraços de base média ou larga. Normalmente, são
recomendados para pequenas propriedades, com baixa intensidade de mecanização
agrícola e devem ser construídos em terrenos com declividade acima de 12%. No
entanto, sua construção apresenta a desvantagem da diminuição da área útil para
o cultivo agrícola.
Para aprender
a fazer o dimensionamento de um terraço, acesse o arquivo nas referências bibliográficas.
Referências bibliográficas:
EMBRAPA. Boas práticas agrícolas - Terraceamento. Disponível em https://www.embrapa.br/documents/10180/13599347/ID01.pdf. Acesso em: 17 de Abril de 2017.
terça-feira, 11 de abril de 2017
FERRUGEM
Tranzschelia
discolor e Tranzschelia pruni-spinosae –
Pêssego e Ameixa;
Puccinia
hordei – Cevada;
Puccinia
sorghi – Milho;
Puccinia
polysora (Ferrugem polisora) – Milho;
Physopella
zeae (Ferrugem Tropical) – Milho;
Cerotelium
sp - Gêneros Ficus, Broussonetia, Chlorophora, Maclura e Morus;
Uromyces
phaseoli – Feijão e feijão de
vagem;
Puccinia
iridis – Gramíneas;
Puccinia
chrysanthemi – Crisântemo;
Uromyces
transversalis – Gladíolo;
Puccinia
psidii – Eucalipto e Goiaba,
Jabuticaba e Pitanga;
Puccinia
allii – Alho, Cebola e Chalota;
Uromyces
pisi-sativi – Ervilha;
Phakopsora
gossypii – Algodão;
Puccinia
pampeana – Berinjela, Pimenta,
Pimentão, Jiló;
Batistopsora
crucis-filii – Anonáceas;
Puccinia melanocephala e Puccinia kuehnii – Cana-de-açucar;
Puccinia
arachidis – Amendoim;
Uromyces
viciae-fabae - Lentilha, Feijão-vagem e outras hortaliças
leguminosas;
Puccinia
helianthi – Girassol;
Uromyces
betae – Beterraba;
Uromyces
manihotis – Mandioca;
Puccinia
purpúrea – Sorgo;
Phakopsora
pachyrhizi – Soja, Trigo;
Puccinia
recôndita – Trigo, Aveia,
Centeio, Cevada, Milheto, Sorgo, Triticale;
Cerotelium
fici – Figo;
Puccinia
coronata var. avenae – Aveia;
Phakopsora
euvitis – Uva;
Phragmidium
rosae-pimpinellifoliae - Cravo, Gladíolo, Plantas ornamentais,
Rosa;
Phragmidium
mucronatum – Rosa;
Hemileia
vastatrix – Café;
Puccinia
graminis - Gramados, Trigo, Triticale, Tucunaré;
Uromyces
dianthi - Cravo, Gladíolo,
Plantas ornamentais, Rosa;
Puccinia
striiformis – Trigo;
Melampsora
medusae – Álamo;
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS
Quando a
doença ocorre em áreas que apresentam condições climáticas favoráveis, causa
severas perdas por atacar todas as partes verdes da planta. A ocorrência está
vinculada a áreas onde as temperaturas são elevadas durante a primavera. Por
esse motivo, não ocorre todos os anos em regiões de clima frio. As condições
ótimas para o ataque da ferrugem incluem a ocorrência de baixa intensidade de
luz na superfície das folhas, temperaturas elevadas e clima úmido.
SINTOMAS E DANOS
Na
cultura do pêssego e da ameixa,
provoca desfolha precoce, podendo resultar em floração no outono. A queda
prematura das folhas debilita a planta, prejudicando produções futuras. Para a cevada, tem grande importância em locais onde a cultura
amadurece tardiamente. No Brasil, este fungo tem maior severidade
esporadicamente no estado do Paraná.
Na cultura do milho, há 3 tipos de ferrugem, sendo a causada por Puccinia sorghi a menos severa. Seu
desenvolvimento é favorecido por temperaturas baixas (16 a 18ºC) e alta umidade
relativa (100%). O patógeno possui como hospedeiros intermediários, espécies de
trevo, do gênero Oxalis, nas quais
desenvolve esporos, que servem de inóculo para a cultura do milho. A ferrugem
polisora (Puccinia polisora) é a mais
agressiva e destrutiva das doenças do milho na região central do Brasil. Danos
econômicos da ordem de até 65% já foram constatados.
A ferrugem no feijoeiro tem ampla distribuição, e pode causar danos
severos quanto ocorre mais cedo no ciclo da cultura. Epidemias severas são
favorecidas por ocorrência regular de orvalho e temperaturas moderadas. Os
sintomas podem ocorrer nas vagens e hastes, mas predominam nas folhas.
É uma doença
de grande importância também para goiaba por exemplo, que
pode ocasionar perda total na produção. Para o alho
também é importante, sendo a severidade do ataque condicionada ao estágio de
desenvolvimento da cultura e das condições climáticas, podendo causar grandes
prejuízos devido à queda significativa de produção em plantios tardios quando
coincidem as condições ótimas de frio para o desenvolvimento da doença. Tem
ocorrido perdas severas no cultivo do girassol pela
desfolha prematura, em áreas de clima úmido.
A ferrugem da mandioca não tem sido considerada uma doença importante para
o país, no entanto já foram percebidas severas epidemias em diferentes regiões
do Nordeste, nos últimos anos. No Brasil, encontra-se distribuída por todas as
áreas de plantio de sorgo, sendo maior a sua
incidência em regiões com as condições favoráveis para o patógeno. Ela é muito
importante para a soja, sendo uma das
doenças que mais têm preocupado os produtores, com os danos podendo chegar a
cerca de 70%. Devido à facilidade de disseminação do fungo pelo vento, a doença
ocorre em praticamente todas as regiões produtoras de soja do país.
É de grande
importância na cultura do figo, causando
perdas severas, especialmente nos casos onde não é feito o controle do patógeno
e há condições favoráveis ao seu desenvolvimento. Em trigo, as
perdas em rendimento de grãos podem chegar à 50%. A ferrugem da folha é a doença mais
importante da cultura da aveia e ocorre em todas
as regiões onde é cultivada. Cultivares suscetíveis têm seus rendimentos
severamente afetados, necessitando do uso sistemático de fungicidas.
A ferrugem é a
principal doença da cultura do álamo no viveiro e no
campo.
PREVENÇÃO E CONTROLE
Em culturas
anuais, recomenda-se a rotação de cultura, remoção de restos culturais e
eliminação de plantas voluntárias hospedeiras visando a redução do inóculo
inicial, evitar plantio em solos compactados e mal drenados, não manter as
folhas molhadas por muito tempo, evitar o adensamento de plantas, além do
ajuste da época de plantio de modo a evitar ocorrência de longos períodos de
umidade e temperaturas favoráveis à infecção durante o pré-florescimento ou
florescimento. O controle da ferrugem através do plantio de variedades
resistentes também é importante, mas se mostra prejudicado devido à grande
variabilidade patogênica do agente causal. O controle químico é indispensável
em locais favoráveis à ocorrência da doença enquanto não se dispuser de
cultivares resistentes. No caso do feijão, esse controle deve ser realizado com
o aparecimento das primeiras pústulas, em regiões de alta incidência. Já nas
culturas de pêssego e ameixa, pulverizações outonais e tratamentos de inverno
podem diminuir o inóculo inicial da doença.
Em
culturas perenes, é importante promover um melhor arejamento e insolação de pomares
através de podas e desfolhas. Realizar a poda em períodos com condição
climática desfavorável à ocorrência da doença. Erradicar das proximidades da
cultura, variedades muito susceptíveis ou plantas que possam servir de fonte de
inóculo permanente (Myrtaceas, por exemplo), e se possível instalar os pomares
em locais que apresentem baixa umidade relativa ou menor período chuvoso. Outro
aspecto importantíssimo, seja para culturas anuais ou perenes é a adubação, que
deve ser adequada de acordo com a análise do solo, evitando excesso de adubação
nitrogenada.
FERRUGEM EM PÊSSEGO
FERRUGEM EM CEVADA
FERRUGEM EM MILHO
Ferrugem por Physopella zeae, Puccinia
polisora e Puccinia sorghi
(esquerda, centro e direita, respectivamente)
Adaptado de: Agrolink
FERRUGEM EM FEIJÃO
FERRUGEM EM GLADIOLO
FERRUGEM EM GOIABA
FERRUGEM EM ALHO
FERRUGEM EM ERVILHA
FERRUGEM EM ALGODÃO
FERRUGEM EM CANA
Fonte: Agrolink
Fonte: Agrolink
FERRUGEM EM AMENDOIM
FERRUGEM EM GIRASSOL
FERRUGEM EM BETERRABA
Adaptado de: Agrolink
FERRUGEM EM MANDIOCA
Adaptado de: Agrolink
FERRUGEM EM SORGO
Adaptado de: Agrolink
FERRUGEM EM SOJA
FERRUGEM EM TRIGO
Adaptado de: Agrolink
FERRUGEM EM AVEIA
Adaptado de: Agrolink
FERRUGEM EM FIGUEIRA
Adaptado de: Agrolink
FERRUGEM EM VIDEIRA
Adaptado de: Agrolink
FERRUGEM EM CAFÉ
Adaptado de: Agrolink
FERRUGEM EM ROSEIRA
FERRUGEM EM ÁLAMO
Adaptado de: Agrolink
segunda-feira, 10 de abril de 2017
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