terça-feira, 11 de abril de 2017

FERRUGEM

Tranzschelia discolor e Tranzschelia pruni-spinosae – Pêssego e Ameixa;
Puccinia hordei – Cevada;
Puccinia sorghi – Milho;
Puccinia polysora (Ferrugem polisora) – Milho;
Physopella zeae (Ferrugem Tropical) – Milho;
Cerotelium sp - Gêneros Ficus, Broussonetia, Chlorophora, Maclura e Morus;
Uromyces phaseoli – Feijão e feijão de vagem;
Puccinia iridis – Gramíneas;
Puccinia chrysanthemi – Crisântemo;
Uromyces transversalis – Gladíolo;
Puccinia psidii – Eucalipto e Goiaba, Jabuticaba e Pitanga;
Puccinia allii – Alho, Cebola e Chalota;
Uromyces pisi-sativi – Ervilha;
Phakopsora gossypii – Algodão;
Puccinia pampeana – Berinjela, Pimenta, Pimentão, Jiló;
Batistopsora crucis-filii – Anonáceas;
Puccinia melanocephala e Puccinia kuehnii – Cana-de-açucar;
Puccinia arachidis – Amendoim;
Uromyces viciae-fabae -  Lentilha, Feijão-vagem e outras hortaliças leguminosas;
Puccinia helianthi – Girassol;
Uromyces betae – Beterraba;
Uromyces manihotis – Mandioca;
Puccinia purpúrea – Sorgo;
Phakopsora pachyrhizi – Soja, Trigo;
Puccinia recôndita – Trigo, Aveia, Centeio, Cevada, Milheto, Sorgo, Triticale;
Cerotelium fici – Figo;
Puccinia coronata var. avenae – Aveia;
Phakopsora euvitis – Uva;
Phragmidium rosae-pimpinellifoliae - Cravo, Gladíolo, Plantas ornamentais, Rosa;
Phragmidium mucronatum – Rosa;
Hemileia vastatrixCafé;
Puccinia graminis - Gramados, Trigo, Triticale, Tucunaré;
Uromyces dianthi - Cravo, Gladíolo, Plantas ornamentais, Rosa;
Puccinia striiformis – Trigo;
Melampsora medusae – Álamo;

CONDIÇÕES FAVORÁVEIS
               
Quando a doença ocorre em áreas que apresentam condições climáticas favoráveis, causa severas perdas por atacar todas as partes verdes da planta. A ocorrência está vinculada a áreas onde as temperaturas são elevadas durante a primavera. Por esse motivo, não ocorre todos os anos em regiões de clima frio. As condições ótimas para o ataque da ferrugem incluem a ocorrência de baixa intensidade de luz na superfície das folhas, temperaturas elevadas e clima úmido.

SINTOMAS E DANOS

                Na cultura do pêssego e da ameixa, provoca desfolha precoce, podendo resultar em floração no outono. A queda prematura das folhas debilita a planta, prejudicando produções futuras. Para a cevada, tem grande importância em locais onde a cultura amadurece tardiamente. No Brasil, este fungo tem maior severidade esporadicamente no estado do Paraná.
Na cultura do milho, há 3 tipos de ferrugem, sendo a causada por Puccinia sorghi a menos severa. Seu desenvolvimento é favorecido por temperaturas baixas (16 a 18ºC) e alta umidade relativa (100%). O patógeno possui como hospedeiros intermediários, espécies de trevo, do gênero Oxalis, nas quais desenvolve esporos, que servem de inóculo para a cultura do milho. A ferrugem polisora (Puccinia polisora) é a mais agressiva e destrutiva das doenças do milho na região central do Brasil. Danos econômicos da ordem de até 65% já foram constatados.
A ferrugem no feijoeiro tem ampla distribuição, e pode causar danos severos quanto ocorre mais cedo no ciclo da cultura. Epidemias severas são favorecidas por ocorrência regular de orvalho e temperaturas moderadas. Os sintomas podem ocorrer nas vagens e hastes, mas predominam nas folhas.
É uma doença de grande importância também para goiaba por exemplo, que pode ocasionar perda total na produção. Para o alho também é importante, sendo a severidade do ataque condicionada ao estágio de desenvolvimento da cultura e das condições climáticas, podendo causar grandes prejuízos devido à queda significativa de produção em plantios tardios quando coincidem as condições ótimas de frio para o desenvolvimento da doença. Tem ocorrido perdas severas no cultivo do girassol pela desfolha prematura, em áreas de clima úmido.
A ferrugem da mandioca não tem sido considerada uma doença importante para o país, no entanto já foram percebidas severas epidemias em diferentes regiões do Nordeste, nos últimos anos. No Brasil, encontra-se distribuída por todas as áreas de plantio de sorgo, sendo maior a sua incidência em regiões com as condições favoráveis para o patógeno. Ela é muito importante para a soja, sendo uma das doenças que mais têm preocupado os produtores, com os danos podendo chegar a cerca de 70%. Devido à facilidade de disseminação do fungo pelo vento, a doença ocorre em praticamente todas as regiões produtoras de soja do país.
É de grande importância na cultura do figo, causando perdas severas, especialmente nos casos onde não é feito o controle do patógeno e há condições favoráveis ao seu desenvolvimento. Em trigo, as perdas em rendimento de grãos podem chegar à 50%.  A ferrugem da folha é a doença mais importante da cultura da aveia e ocorre em todas as regiões onde é cultivada. Cultivares suscetíveis têm seus rendimentos severamente afetados, necessitando do uso sistemático de fungicidas.
A ferrugem é a principal doença da cultura do álamo no viveiro e no campo.


PREVENÇÃO E CONTROLE


                Em culturas anuais, recomenda-se a rotação de cultura, remoção de restos culturais e eliminação de plantas voluntárias hospedeiras visando a redução do inóculo inicial, evitar plantio em solos compactados e mal drenados, não manter as folhas molhadas por muito tempo, evitar o adensamento de plantas, além do ajuste da época de plantio de modo a evitar ocorrência de longos períodos de umidade e temperaturas favoráveis à infecção durante o pré-florescimento ou florescimento. O controle da ferrugem através do plantio de variedades resistentes também é importante, mas se mostra prejudicado devido à grande variabilidade patogênica do agente causal. O controle químico é indispensável em locais favoráveis à ocorrência da doença enquanto não se dispuser de cultivares resistentes. No caso do feijão, esse controle deve ser realizado com o aparecimento das primeiras pústulas, em regiões de alta incidência. Já nas culturas de pêssego e ameixa, pulverizações outonais e tratamentos de inverno podem diminuir o inóculo inicial da doença.
                Em culturas perenes, é importante promover um melhor arejamento e insolação de pomares através de podas e desfolhas. Realizar a poda em períodos com condição climática desfavorável à ocorrência da doença. Erradicar das proximidades da cultura, variedades muito susceptíveis ou plantas que possam servir de fonte de inóculo permanente (Myrtaceas, por exemplo), e se possível instalar os pomares em locais que apresentem baixa umidade relativa ou menor período chuvoso. Outro aspecto importantíssimo, seja para culturas anuais ou perenes é a adubação, que deve ser adequada de acordo com a análise do solo, evitando excesso de adubação nitrogenada.


FERRUGEM EM PÊSSEGO


FERRUGEM EM CEVADA


FERRUGEM EM MILHO
Ferrugem por Physopella zeae, Puccinia polisora e Puccinia sorghi (esquerda, centro e direita, respectivamente)
Adaptado de: Agrolink


FERRUGEM EM FEIJÃO


FERRUGEM EM GLADIOLO


FERRUGEM EM GOIABA


FERRUGEM EM ALHO


FERRUGEM EM ERVILHA


FERRUGEM EM ALGODÃO


FERRUGEM EM CANA
Fonte: Agrolink


Fonte: Agrolink


FERRUGEM EM AMENDOIM


FERRUGEM EM GIRASSOL


FERRUGEM EM BETERRABA
Adaptado de: Agrolink


FERRUGEM EM MANDIOCA
Adaptado de: Agrolink


FERRUGEM EM SORGO
Adaptado de: Agrolink


FERRUGEM EM SOJA

FERRUGEM EM TRIGO
Adaptado de: Agrolink


FERRUGEM EM AVEIA
Adaptado de: Agrolink


FERRUGEM EM FIGUEIRA
Adaptado de: Agrolink


FERRUGEM EM VIDEIRA
Adaptado de: Agrolink


FERRUGEM EM CAFÉ
Adaptado de: Agrolink


FERRUGEM EM ROSEIRA


FERRUGEM EM ÁLAMO

Adaptado de: Agrolink

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