Broca da cana (ou do colmo) (Diatraea saccharalis)
Inicialmente, medem menos de 2 mm de comprimento e raspam a superfície foliar, podendo também atacar o cartucho, cujos danos se forem superficiais, resultam na formação de uma série de furos transversais na lâmina foliar, semelhante ao dano “leve” causado pelo percevejo barriga-verde. Totalmente desenvolvidas, podem atingir 3 cm de comprimento e abrem galerias no interior do colmo. Os prejuízos ocorrem em decorrência das galerias abertas nos colmos, que facilitam a quebra e o tombamento das plantas, e nas espigas, que causam a perda de grãos. Se o dano for mais profundo o ponto de crescimento da planta pode ser atingido provocando coração morto (murcha e posterior morte). Quando o ataque é no cartucho da planta, algumas folhas se abrem já perfuradas. Além disso, os orifícios também são portas de entrada para outros insetos e microrganismos causadores de doenças e podridões.
Perfuração no colmo (A), dano na folha (B), galeria no colmo (C), perfuração na espiga (D). Adaptado de: Moreira e Aragão, 2009.
Tripes (Frankliniella williamsi)
Tanto os adultos quanto as ninfas se alimentam da seiva das plantas e, para isso, raspam a superfície foliar e sugam a seiva que vaza nesses ferimentos. Em consequência desse ataque, as folhas ficam com manchas amarelas, brancas ou prateadas e as bordas podem enrolar. Se concentram no interior do cartucho do milho, onde se protegem dos predadores e das condições adversas do ambiente, alimentando-se das plantas e causando injúrias nas folhas mais novas, que ao se desenrolar apresentam aspecto encarquilha, tornando-as amareladas ou esbranquiçado-prateadas provocando o enfezamento das plantas que em condições mais severas de ataque podem ter seu crescimento retardado ou até mesmo sua morte.
Eles causam mais prejuízos nas primeiras semanas após a germinação, pois as plântulas são pouco resistentes e podem morrer. Condições climáticas de baixa umidade e alta temperatura favorecem seu desenvolvimento. A infestação também pode ocorrer em plantas adultas. Nesse caso, as folhas e inflorescências podem ser atacadas. Nestas, surgem manchas avermelhadas e pode haver esterilidade.
Adaptado de: Moreira e Aragão, 2009.
Helicoverpa Armigera
É muito parecida com lagarta da espiga e também com a lagarta do cartucho, o que dificulta a identificação visual. É uma praga de grande importância, identificada recentemente (2012/2013), que pode provocar grandes danos na cultura, se não manejada corretamente. Assim como a espécie Helicoverpa zea, os ovos de Helicoverpa armigera são geralmente postos sobre o “cabelo” do milho. Ao eclodir as larvas consomem os grãos em desenvolvimento e, além deste dano direto, é comum ocorrer infecções bacterianas secundárias. As larvas também podem se alimentar das folhas do cartucho, das folhas mais desenvolvidas e do pendão.
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