Antracnose
Cercosporiose
Ferrugem
Mancha-de-Alternária
Míldio
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
ANTRACNOSE
Colletotrichum gloeosporioides
– Afeta abacate, abóbora, abobrinha, alho, berinjela, cacau, caju, cara,
chuchu, citros, figo, fumo, goiaba, inhame, jiló, maçã, macadâmia, mamão,
mandioca, manga, maracujá, marmelo, maxixe-peruano, melancia, melão, nêspera, pepino,
pera, pêssego, pimenta, pimentão, pupunha, romã, seringueira, tomate e uva, entre outras.
Colletotrichum coccodes - Afeta solanáceas;
Colletotrichum coffeanum - Afeta café;
Colletotrichum dematium - Afeta soja;
Colletotrichum graminicola - Afeta milho e sorgo;
Colletotrichum musae – Afeta banana;
Colletotrichum orbiculare - Afeta abóbora, Abobrinha, Maxixe,
Melancia, Melão, Pepino;
Colletotrichum phomoides - Afeta tomate;
Colletotrichum pisi - Afeta a ervilha;
Colletotrichum truncatum - Afeta feijão, lentilha, Soja;
Elsinöe ampelina - Afeta a uva;
Sphaceloma rosarum - Afeta roseiras;
Elsinöe heveae - Afeta a seringueira;
Colletotrichum dematium f. sp. circinans – Afeta alho, cebola,
chalota;
Elsinöe piri - Afeta maçã, pêra;
Sphaceloma psidii - Afeta goiaba;
Colletotrichum guaranicola - Afeta o guaraná;
SINTOMAS
A doença
manifesta-se, inicialmente, na forma de manchas pardo avermelhadas que se
estendem por todo o fruto. Em seguida, pontuações escuras, formadas pelos
acérvulos do fungo, aparecem na casca dos frutos. Neste estádio, a doença pode
ser confundida com a podridão amarga. Os frutos afetados ficam enrugados e
caem.
No pepino,
chuchu
e melão,
as lesões nas folhas se iniciam com encharcamento do tecido, seguido de
necrose, resultando em mancha circular de cor parda e centro mais claro. Nas
hastes e no pecíolo, as lesões são elípticas, deprimidas, de coloração variável
de cinza a parda e, sob elevada umidade, podem apresentar-se recobertas de
massa rosada, constituída de esporos do fungo. Nos frutos, os sintomas são
elípticos a circulares, deprimidos e, num estádio mais avançado, recobertos de
massa rosada. Quando presente a massa rosada, é possível distinguir com
facilidade que se trata de antracnose e não de podridão amarga.
Na abóbora, os sintomas nos frutos aparecem na forma de placas
brancas superficiais, quando eles atingem a maturação. A podridão geralmente é
seca e constata-se formação de acérvulos de cor preta na superfície das áreas
afetadas.
Em frutos de tomate e
pimentão,
os sintomas de antracnose causada por Colletotrichum
coccodes afetam o caule, raízes, frutos verdes e maduros, onde se forma uma
lesão circular, deprimida, com escurecimento central e produção abundante de
acérvulos, setas e microesclerócios. Na
raiz e no caule aparece podridão, na superfície dos tubérculos lesões prateadas
com intensa produção
de microesclerócios pretos. Nas
folhas, o sintoma é amarelecimento e, e posteriormente a morte prematura
da planta.
No morango,
os rizomas atacados, quando cortados, exibem podridão de consistência firme,
extensão e formato variáveis, cuja tonalidade varia do marrom-claro ao
avermelhado, razão pela qual a doença é conhecida entre os agricultores como
“chocolate” ou “coração vermelho”. Nos estolhos e pecíolos ocorrem lesões
marrons, alongadas, deprimidas, com uma linha bem definida demarcando o tecido
doente da região sadia.
No milho e sorgo,
os sintomas podem ocorrer em qualquer parte da planta. No colmo, os sintomas na
casca surgem logo após a polinização, na forma de lesões estreitas,
encharcadas, inicialmente de coloração pardo-avermelhada, passando a
castanho-escuras ou pretas com o decorrer do tempo. Os tecidos internos
tornam-se escuros e entram em processo de desintegração.
PREJUÍZOS
Os danos
causados por este patógeno resultam tanto na redução direta da qualidade e
quantidade do fruto ou tubérculo, e no
aumento dos custos de produção e de pós-colheita. No batateiro observa-se a
colonização de todos os órgãos subterrâneos.
PREVENÇÃO E CONTROLE
As sementes
devem ser limpas, livres do patógeno e adequadamente tratadas. As plantações
não podem ser muito adensadas, e os sulcos devem ser orientados no sentido da
circulação dos ventos. Após a colheita, os restos de cultura devem ser
retirados do campo e queimados ou enterrados. Em campos com persistência da
doença, deve-se realizar rotações de cultura com uma espécie não-hospedeira
durante no mínimo um ano. Realizar irrigação por gotejamento ou infiltração, e
evitar a irrigação por aspersão. Deve-se evitar também adubação excessiva com
nitrogênio. Realizar vistorias periódicas no campo e eliminar os frutos e
plantas com sintomas assim que sejam detectados. Fungicidas cúpricos também
ajudam no controle, reduzindo a produção de inóculo.
*Não há relatos de variedades
comerciais resistentes a C. coccodes.
Antracnose em abóbora e
abobrinha
Antracnose em chuchu
Antracnose no abacate
Antracnose em folha de alho e em
fruto de berinjela
Antracnose em cacau
Antracnose em caju
Antracnose em citros
Antracnose em goiaba
Antracnose em mamão
Antracnose em mandioca
Antracnose em manga
Antracnose em maracujá
Antracnose em melância
Antracnose em pepino
Antracnose em jiló
Antracnose em pimenta e pimentão
Antracnose no tomate
Antracnose em uva
Antracnose em batata
Antracnose em café
Antracnose em soja
Antracnose em morango
Antracnose em milho
Antracnose em banana
Antracnose em feijão
Antracnose em cebola
Antracnose na seringueira
BIBLIOGRAFIA
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Como calcular Necessidade de Calagem e Gessagem de uma área
CALAGEM
Existem 2 métodos para o cálculo
de calagem. No método da neutralização do Al3+ e da elevação dos teores de Ca2+
+ Mg2+, é observado principalmente a saturação de alumínio no solo (m), que
quando tem níveis acima de 50% é considerado um solo álico, ou seja, um solo
que tem baixo potencial nutricional abaixo da camada arável.
O método para cálculo de calagem
que eu acho mais simples é o pelo saturação por bases, onde de acordo com a
análise é possível saber o valor de saturação do solo (V1) e a CTC à
pH 7. A partir desses valores e o conhecimento de outras variáveis da cultura a
se implantar, é possível fazer o cálculo da calagem através da fórmula:
NC (ton/ha) = CTC x (V2
- V1) x (f ÷ 100)
Onde:
CTC (ou T ou CTCt)= CTC total a pH 7;
V2= É a saturação por bases recomendada para a cultura
(utilizo como base o livro 5ª
Aproximação, da CFSEMG);
V1= Saturação por bases no solo;
f (100 ÷ PRNT)= É o fator de correção do PRNT do calcário. Por
exemplo, se o calcário tem PRNT de 80%, então f= 100 ÷ 80= 1,25
Abaixo
temos o exemplo de uma análise de solo:
EXEMPLO:
CALCULO DE CALAGEM PARA A CULTURA DA MANDIOCA
De acordo com
a 5ª Aproximação, busca-se elevar o teor de saturação (V2 ) para 40%.
Se o calcário apresentar um PRNT de 90%, então teremos um f (100 ÷ 90)= 1,11
Sendo assim:
NC (ton/ha)
= CTC x (V2 - V1)
x (f ÷ 100)
→ NC= 7,3 x (40 – 34) x (1,11 ÷
100)
→ NC= 7,3 x 6 x 0,011
→ NC= 0,486 ton/ha= 486,2 kg/ ha
* Também é possível fazer o cálculo para aplicação de calcário em
covas (utilizados mais em fruteiras). Considerando por exemplo, uma aplicação
de calcário em covas de uma profundidade de 15 cm, considerando que a cova
tenha 40 cm de largura, 40 cm de comprimento e 30 cm de profundidade, então ela
tem um volume total de (0,4m x 0,4m x 0,3m) 0,048m3. Já o volume de
1 ha na profundidade de 15 cm é de (10000 m2 x 0,15m) 1500 m3.
Sendo assim, e tendo como exemplo uma NC= 2600 kg/ha, a quantidade
de calcário necessária por cova é:
1500 m3 → 2600 kg
0,048 m3 → X
→ X= É então necessária aplicação de 0,0832 kg por cova= 83,2
gramas de calcário por cova.
** Na hora de efetuar a compra do calcário, também é importante se
atentar quanto ao tipo de calcário que é melhor para o solo em questão, buscando
manter uma proporção entre Cálcio:Magnésio entre 3:1 à 4:1 a depender da
cultura.
Os calcários são classificados em Calcíticos (menos de 5 dag/ kg
de MgO), Magnesianos (de 5 à 12 dag/kg de MgO) e Dolomíticos (mais de 12 dag/kg
de MgO).
OBS: dag= % e MgO= Óxido de Magnésio.
→ Pegando mais uma vez o resultado da análise anterior, é possível
ver que a proporção de Ca:Mg é 2,3 para 1. Sendo assim, o calcário com menor teor de
Mg é a melhor opção, sendo ele o calcário calcítico.
GESSAGEM
Em relação a
gessagem, em alguns casos pode ser interessante a sua aplicação, buscando uma
maior capacidade de desenvolvimento radicular das plantas, além de uma maior
disposição de Cálcio.
Necessidade
de gesso (NG) de acordo com o teor de argila de uma camada subsuperficial de 20
cm de espessura (5ª Aproximação):
À partir desses índices e o teor de
argila encontrado na análise do solo, é possível calcular a NG através da
fórmula:
NG
(ton/ha)= MÍN + [(TA – TAmín)] x (MAX – MÍN) ÷ (TAmáx – TAmín)
Onde:
MÍN= Mínimo da NG correspondente à faixa de % de argila encontrada
na análise (de acordo com a tabela acima);
TA= Teor de argila encontrado na análise;
TAmín= Mínimo da % de argila que se enquadra na faixa de % de
argila encontrada na análise;
MÁX= Máximo da NG correspondente à faixa de % de argila encontrada
na análise;
TAmáx= Máximo da % de argila que se enquadra na faixa de % de
argila encontrada na análise;
→ Após a obtenção da NG, é necessário determinar o PG, que é a
profundidade que irá ser realizada a gessagem. Essa variável também depende das
necessidades da cultura, e geralmente pode variar de 20 a 40 cm.
Então, com esses valores é possível determinar a quantidade a
quantidade de gesso à se aplicar pela fórmula:
QG=
NG x PG ÷ PC
Onde PC é a profundidade da calagem.
EXEMPLO:
CÁLCULO DE GESSAGEM:
NG (ton/ha)= MÍN + [(TA – TAmín)] x (MAX – MÍN) ÷ (TAmáx – TAmín)
→ NG= 0,4 + [(19 –
15)] x ( 0,8 – 0,4) ÷ (35 – 15) → 0,4 + 4 x 0,4 ÷ 20
→ NG= 0,48 ton/ha
QG= NG x PG ÷ PC
→ QG= 0,48 x 30 ÷ 20 → A quantidade de gesso à se aplicar nesse exemplo é de 0,72
ton/ha ou 720 kg/ ha
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Utilização ou não de produtos químicos na agricultura?
Esse é um assunto que
perdura por muito tempo, onde geralmente são escolhidos lados e cravadas
batalhas para a persuasão em relação ao método chamado correto e ao outro
chamado incorreto, seja qual dos 2 forem escolhidos. Mas afinal de contas: será
que é necessário escolher somente um método e excluir o outro ou é possível
haver um consenso entre ambos?
Para uma utilização mais
eficiente de agrotóxicos, em quantidades suficientes e que provoquem danos
mínimos ao meio ambiente (se atentar quanto à toxidez e tempo de meia-vida do
produto), é necessário o conhecimento de seus diferentes tipos e modos de ação.
Essas características aliadas à fatores como a seletividade em relação a
cultura, tipos de plantas daninhas incidentes na área, época que será aplicado
o produto na área (em relação à emergência da cultura e/ou da planta daninha),
são de extrema importância para a escolha do produto a ser aplicado.
Outro fator
importantíssimo é para que se utilizem produtos de tal forma que eles não
promovam resistências ao seu alvo. Para isso, é interessante a não
repetitividade de aplicação dos mesmo produtos no mesmo local, buscando assim
realizar o controle não só de plantas daninhas, como também de vetores de
doenças e pragas fazendo-se a rotação de produtos com diferentes mecanismos de
ação. Em relação ao controle de insetos, um método que também se faz muito
interessante visando a diminuição da resistência à produtos químicos e preservação da susceptibilidade quando em contato com culturas transgênicas, é a
seleção de uma área de refúgio dentro de uma área de plantio, onde não há a
tentativa de nenhum controle químico, consequentemente há a garantia de
insetos que não adquiriram resistência para a próxima safra.
Por fim, percebe-se que o
grande problema não é a utilização de agrotóxicos na agricultura e sim a forma
como são utilizados na maioria das vezes, além da não procura de métodos
alternativos que causem menos impactos ao meio ambiente e também se mostrem
eficientes.
Área de refúgio (amarelo) em Soja BT
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