sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Principais doenças do milho (parte 4)



A CULTURA DO MILHO (PÁGINA 8)




Enfezamentos 

Pálido (Spiroplasma) 
Vermelho (Phytoplasma) 


Essas doenças são transmitidas pela cigarrinha Dalbulus maidis. É comum no milho semeado tardiamente, na safra de verão, e no milho safrinha, sendo favorecida por temperaturas noturnas altas, acima de 17°C. Os sintomas característicos são estrias esbranquiçadas irregulares na base das folhas que se estendem em direção ao ápice. Como o enfezamento vermelho e o enfezamento pálido ocorrem simultaneamente nas mesmas lavouras de milho, é difícil distinguir entre um e outro apenas pelos sintomas. As cigarrinhas infectantes migram para plântulas, disseminando a doença. 
No enfezamento vermelho, ocorre o avermelhamento a partir das margens e do ápice das folhas, seguido por seca. Há cultivares que apresentam proliferação de espigas e perfilhamento. As espigas têm tamanho reduzido e podem apresentar poucos grãos. 
 
Enfezamento vermelho. EMBRAPA, 2006. 


No enfezamento pálido, caracteristicamente, a infecção ocorre nas plântulas e os sintomas se manifestam na planta adulta. O sintoma diagnóstico é a presença de estrias cloróticas, esbranquiçadas, irregulares, que se estendem da base para o ápice nas folhas. Porém, plantas infectadas podem apresentar apenas clorose, e avermelhamento nas margens e ápice das folhas. As espigas têm tamanho reduzido e podem apresentar poucos grãos. Normalmente as plantas são raquíticas devido ao encurtamento dos entrenós e pode haver uma proliferação de espigas pequenas e sem grãos. Quando há produção de grãos, eles são pequenos, manchados e frouxos na espiga. As plantas podem secar precocemente. 
 
Sintomas do Enfezamento pálido 


Além das doenças causadas por fungos, bactérias e vírus, também é necessário ter atenção quanto aquelas causadas por nematóidesNo Brasil, as espécies mais importantes, devido à patogenicidade, à distribuição e à alta densidade populacional, são Pratylenchus brachyurusPratylenchus zeaeHelicotylenchus dihysteraCriconemella spp., Meloidogyne spp. e Xiphinema spp. 
As injúrias causadas por nematóides variam com o gênero e a população do nematóide envolvido, com as condições do solo e a idade da planta de milho. Os sistemas radiculares parasitados por nematóides são menos eficientes na absorção de água e nutrientes da solução do solo. 
Uma cultura de milho atacada por nematóides apresenta, em sua parte aérea plantas enfezadas e cloróticas, sintomas de murcha durante os dias quentes, com recuperação à noite, espigas pequenas e mal granadas. Esses sintomas dão a cultura do milho uma aparência de irregularidade, podendo aparecer em reboleiras ou em grandes extensões. Já nas raízes, os sintomas podem se apresentar de diversos formatos dependendo da espécie de nematoide: 
  • Encurtamento e engrossamento das raízes - Trichodorus spp., Longidorus spp. e Belonolaimus spp.; 
  • Sistema radicular praticamente destituído de radicelas (pequenas raízes) - Xiphinema spp., Tylenchorhynchus spp., Helicotylenchus spp., Belonolaimus spp. Macroposthonia spp.; 
  • Sistema radicular praticamente destituído de radicelas e com lesões radiculares e raízes apodrecidas - Pratylenchus spp., Xiphinema spp., Hoplolaimus spp. e Helicotylenchus spp.; 
  • Sistema radicular com pequenas galhas - Meloidogyne spp.; 


PREVENÇÃO E CONTROLE DAS PRAGAS E DOENÇAS 

Semeadura no início da época recomendada; 
Adubação adequada; 
Adubação verde; 
Controle biológico; 
Utilização de cultivares resistentes; 
Rotação de culturas; 
Utilização de fungicida preventivamente, ou no aparecimento dos primeiros sintomas; 
Período de pousio na área; 
Eliminação de outras plantas hospedeiras; 


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