quinta-feira, 3 de agosto de 2017

A cultura do milho (PÁGINA 2)

Larva arame (Conoderus scalaris) 

Os danos significativos são causados pelas larvas, que atacam sementes e outras partes das plantas, como raízes e a base dos caules. Causam falhas nas linhas de plantio, redução do vigor das plântulas e definhamento das plantas maiores. Funções básicas como sustentação e absorção de nutrientes e água são prejudicadas, em razão da perda de parte do sistema radicular. Geralmente, constroem galerias e destroem a base do colmo das plantas. São percebidos danos são mais severos quando a cultura é implantada em seguida à pastagem. 
 
Fonte: Moreira e Aragão, 2009. 


Larva Angorá (Astylus variegatus) 

Os maiores danos são causados pelas larvas, pois elas se alimentam de sementes, plântulas e raízes, o que prejudica a germinação e o desenvolvimento das plantas. O ataque geralmente ocorre em reboleiras e na fase inicial da cultura. 
 
Larva (esquerda) e Adulto [vaquinha] (direita). Adaptado de: Moreira e Aragão, 2009. 


Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) 

 Atacam o caule e as folhas das plantas recém-germinadas, causando murcha, seca e tombamento. Nas plantas maiores, abrem galerias no interior do caule e constroem um abrigo conectado a ela ou próximo dela, onde a pupa será formada. O resultado é o enfraquecimento ou a morte da planta, dependendo da intensidade do ataque. Uma única lagarta pode atacar várias plantas e causar grandes falhas nas linhas de plantio, devido a facilidade que possuem de se locomover durante a fase larval. O ataque é mais severo na fase inicial da cultura, especialmente se coincidir com um período de estiagem. 
 
Adaptado de: Moreira e Aragão, 2009. 

 
Mariposa fêmea (esquerda) e macho (direita) de Lagarta-elasmo. Adaptado de Moreira e Aragão, 2009. 


Pulgão do milho (Rhopalosiphum maidis) 

Alimentam-se da seiva das plantas, o que esgota as reservas hídricas e nutricionais e causa deformações nas folhas. Além desses danos, ainda há a transmissão de vírus, como o mosaico, e a formação da fumagina sobre folhas, espigas e outras partes. 
 
Fonte: Moreira e Aragão, 2009. 


Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) 

As lagartas, inicialmente, apenas raspam a superfície foliar e deixam uma membrana translúcida para trás. Quando maiores, alojam-se no cartucho do milho e começam a devorar as folhas novas e a parte apical do colmo. Os sinais de seu ataque são folhas que já nascem recortadas e detritos no interior do cartucho. Quando as plantas já estão maiores, as lagartas podem se alimentar do pendão e das espigas. Nos ataques às espigas, é comum que ela seja confundida com Helicoverpa zea, ou vice-versa. Para a diferenciação, além das características morfológicas de cada espécie, há diferenças comportamentais. A lagarta-do-cartucho pode penetrar em qualquer parte da espiga, inclusive pela parte basal. Já a Helicoverpa zea prefere alimentar se alimentar dos cabelos do milho e dos grãos localizados no topo da espiga. O ataque na fase inicial da lavoura também é comum. A lagarta-do-cartucho também pode danificar a lavoura de milho de forma semelhante a lagarta-elasmo e a lagarta-rosca. A larva entra pela base da planta e alimenta-se do interior do colmo pouco desenvolvido, provocando o conhecido "coração morto", que é típico do ataque da Lagarta-elasmo. Em plantas maiores, pode ocorrer o seccionamento total ou parcial do colmo, matando a planta semelhantemente ao ataque de lagarta-rosca. Geralmente este tipo de dano é provocado por lagartas mais desenvolvidas. 
A lagarta completamente desenvolvida mede cerca de 40 mm, tem coloração variável de pardo-escura, verde até quase preta e com um "Y" invertido na parte frontal da cabeça. 
 
Danos iniciais (A), danos nas folhas centrais (B), danos nos pendãos (C), lagarta-do-cartucho adulta (D). Adaptado de Moreira e Aragão, 2009. 




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