quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Principais doenças do milho (Parte 1)


A CULTURA DO MILHO (PÁGINA 5)



PRINCIPAIS DOENÇAS E SINTOMATOLOGIA 



Cercosporiose (Cercospora zea-maydis e Cercospora sorghi  f. sp. Maydis) 

Essa doença é favorecida por dias nublados, com alta umidade relativa, pela cerração por longos períodos, e por temperaturas entre 22 à 30 °C. A disseminação ocorre através de esporos e restos de cultura levados pelo vento e por respingos de chuva. Os restos de cultura são, portanto, fonte local e fonte para outras áreas. 
Os sintomas caracterizam-se por manchas de coloração cinza, retangulares a irregulares, com as lesões desenvolvendo-se paralelas às nervuras. Pode ocorrer acamamento em ataques mais severos da doença. A doença ataca plantas adultas e as lesões se formam primeiro nas folhas baixeiras, progredindo rapidamente para a parte superior, quando o clima é favorável.  
Em condições de clima desfavorável, a doença paralisa, e retorna ao desenvolvimento rápido se o clima é novamente favorável. Pode secar a planta em uma semana. 
 
Fonte: Sabato, 2014 


Mancha Branca (Phaeosphaeria maydis) 

Os sintomas da doença iniciam-se com pequenas áreas na folha com coloração verde pálido ou cloróticas, que crescem e se tornam manchas esbranquiçadas ou com aspecto seco e tem a sua margem marrom. Esses sintomas se iniciam nas folhas inferiores, e progridem rapidamente para as partes superiores, sendo mais severos após o pendoamento. Sob condições de ataque severo, os sintomas da doença podem ser observados também na palha da espiga.  
É uma doença favorecida por temperaturas noturnas amenas (15 a 20°C), elevada umidade relativa do ar e elevada precipitação pluviométrica. 
  
Fonte: Grigolli e Lourenção, 2017 


Ferrugem Polisora (Puccinia polysora) 

Se destaca como problema fitossanitário em plantios a partir da segunda quinzena de novembro até janeiro. As pústulas podem ocorrer na face superior do limbo, nas brácteas das espigas e, e em condições de alta severidade, no pendão. 
A ocorrência da doença é dependente da altitude, ocorrendo com maior intensidade quando eestá abaixo de 700 m e se tem temperaturas elevadas (25 a 30°C). A ocorrência de períodos prolongados de elevada umidade relativa do ar também é um fator importante para o desenvolvimento da doença. 
 
Fonte: Sabato, 2014. 


Ferrugem comum (Puccinia sorghi) 

Tem maior severidade na região Sul, devido as condições climáticas. É uma doença que que ocorre em qualquer fase de desenvolvimento da planta e é favorecida por temperaturas entre 16 e 23°C e presença de orvalho. Em ambas as superfícies da folha de milho, formam-se pústulas de cor marrom-escuro, alongadas, e que se rompem longitudinalmente. 
 
Fonte: Sabato, 2014 


Ferrugem Tropical ou Ferrugem Branca (Physopella zeae) 

Caracteriza-se por ocorrer em plantios tardios em regiões de baixa altitude. Os sintomas da ferrugem tropical ocorrem em ambas as faces da folha. A doença é favorecida por condições de alta temperatura (22-34ºC), alta umidade relativa e baixas altitudes. 
Num estádio mais avançado, desenvolvem-se ao redor das pústulas halos circulares a oblongos, com bordos escuros. Por ser um patógeno de menor exigência em termos de umidade para o progresso da doença, a severidade da doença tende a ser maior em plantios de safrinha. 
 
Ferrugem tropical na folha (A) e na espiga (B). Fonte: Grigolli e Lourenção 



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