A CULTURA DO MILHO (PÁGINA 7)
Podridões bacterianas
As podridões bacterianas do colmo podem ser causadas por várias espécies de Erwinia e Pseudomonas. Quando causadas por Erwinia, exalam um odor desagradável. Quando a doenças é causada pelo gênero Pseudomonas, por exemplo a Queima bacteriana das folhas causada por Pseudomonas alboprecipitans, provoca lesões necróticas alongadas e com aspecto de estrias nas folhas, podendo elas coalescerem.
Queima bacteriana das folhas. Fonte: Sabato, 2014.
Geralmente elas começam nos entrenós próximos ao solo e rapidamente atingem os entrenós superiores. No entanto, algumas podridões por Erwinia também podem se iniciar pela parte de cima do colmo, como é o caso da Podridão do Cartucho, causado por Erwinia chrysantemi. Nesse caso o cartucho apodrece, desprende-se facilmente da planta, e exala um odor desagradável e característico. As folhas desse cartucho secam. Ferimentos no cartucho causados por insetos podem favorecer a incidência dessa podridão, além de temperaturas altas (entre 30 e 35°C) e alta umidade, assim como as outras podridões bacterianas.
Podridão do cartucho. Fonte: Sabato, 2014.
Raiado Fino (Maize Rayado Fino Virus)
A doença é transmitida e disseminada pela cigarrinha Dalbulus maidis. Os sintomas característicos são riscas formadas por numerosos pontos cloróticos coalescentes ao longo das nervuras, que são facilmente observados quando as folhas são colocadas contra a luz. A incidência e a severidade dessa doença são influenciadas por grau de susceptibilidade da cultivar, por semeaduras tardias e por população elevada de cigarrinha coincidente com fases iniciais de desenvolvimento da lavoura de milho. O milho é o principal hospedeiro tanto do vírus como da cigarrinha.
Cigarrinha (Dalbulus maidis) em folha do milho (esquerda) e Folha com sintomas da doença (direita). Adaptado de: EMBRAPA, 2006.
Mosaico comum do milho
É causado por um complexo viral pertencente ao grupo Potyvirus. Dentre eles, incluem-se o “Maize Dwarf Mosaico Virus” (MDMV), O “Sugar Cane Mosaico Virus” (SCMV), o “Johnson Grss Mosaico Virus” (JGMV) e o “Sorghum Mosaico Virus” (SrMV), sendo a transmissão feita por várias espécies de pulgões. Os vetores mais eficientes são as espécies Ropalosiphum maidis, Schizophis graminum e Myzus persicae, sendo o Ropalosiphum maidis, a espécie mais eficiente na transmissão desses potyvírus.
Os sintomas caracterizam-se pela formação nas folhas de manchas verde claro com áreas verde normal, dando um aspecto de mosaico. As plantas doentes são, normalmente, menores em altura.
Schizophis graminum (esquerda), Ropalosiphum maidis (centro) e Myzus persicae (direita).
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