sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Controle biológico do milho (Parte 2)


A CULTURA DO MILHO (PARTE 10)


Microorganismos entomopatogênicos 

Eiphosoma spp. 

Várias espécies ocorrem em agroecossistemas e alguns são importantes como inimigos naturais de lepidópteros pragasA fêmea deposita seus ovos diretamente dentro do corpo do hospedeiro, onde flutuam livremente até parar no extremo posterior do corpo. Depois da emergência a larva de Eiphosoma se desenvolve lentamente até os primeiros nove dias. 
Faltando entre um e dois dias para que a larva do parasitóide abandone seu hospedeiro, este se dirige ao solo para entrar no estado de pupa. A larva de Eiphosoma termina por consumir completamente todos os órgãos do hospedeiro, deixando apenas o integumento, que é rompido pela larva do parasitóide, imediatamente antes de sair. Uma vez fora, começa imediatamente a tecer seu próprio casulo. 
 
Eiphosoma fêmea adulta. Fonte: Cruz, 2017 


Cotesia flavipes 

É uma espécie de endoparasitóide gregário, ou seja, as fêmeas depositam ovos múltiplos na cavidade de corpo do hospedeiro. Em média, uma fêmea coloca aproximadamente 40 ovos em cada larva da praga. Cerca de três dias após, nasce dentro do corpo da praga a larva do parasitoide, que imediatamente começa a alimentar, passando por três instares larvais dentro do corpo da larva hospedeira. O período de ovo a larva do parasitóide dura aproximadamente 14 dias (25°C). Depois de sair do hospedeiro, as larvas de último instar tecem um casulo e transformam em pupa dentro da planta hospedeira da praga. O período de pupa leva aproximadamente seis dias (25°C)Cotesia flavipes, juntamente com Trichogramma galloi, são os principais parasitóides da broca-da-cana (Diatraea saccharalis). 
 
Cotesia flavipesFonte: cruz, 2017 


Aphidius spp. 

Todas as espécies desse gênero são parasitóides de pulgões. Os adultos são pequenas vespas, cujas fêmeas colocam seus ovos individualmente em ninfas (fase jovem) dos pulgões. As larvas da vespa consomem os pulgões por dentro. Com o desenvolvimento das larvas da vespa, os pulgões são mortos, e se transformam em casulos. Depois de transformar em pupa, emerge a vespa adulta através de um orifício feito no casulo. Além de causar a morte dos pulgões diretamente, o parasitóide também provoca uma perturbação mecânica nas colônias de pulgões pelo comportamento minucioso das vespas no ato de busca da presa, provocando a queda de vários pulgões da planta hospedeira, que não sobrevivem. 
 
Fêmea de Aphidius ovopositando um pulgão 


Sirfídeos 

Os adultos das espécies que se alimentam de pulgões são frequentemente vistas em flores e, em função da morfologia das suas peças bucais, tem sido sugerido que sejam predominantemente nectarivoras e polenófagas.  Em função da capacidade de vôo e habilidade de pairar e inspecionar as folhas em busca de pulgões, os sirfídeos são especialmente eficientes e considerados, às vezes, melhores em localizar as agregações de pulgões do que as joaninhas ou os crisopídeos. 
 
Sirfídeos adultos. Fonte: Cruz, 2017. 


Percevejo assassino (Reduviidae) 

Os ovos são colocados em grupos, um bem próximo do outro, em posição vertical, sobre as folhas das plantas. A maioria dos percevejos assassinos são predadores generalistas, ou seja, predam diferentes presas. Eles geralmente ficam à espreita e atacam até mesmo pequenos insetos voadores. 
 
Percevejos assassinos. Fonte: Cruz, 2017 



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