Peronospora pisi (Peronospora viciae) – Ervilha
Bremia lactucae - Alface, Almeirão, Chicória;
Pseudoperonospora cubensis - Abóbora, Abobrinha, Chuchu, Melancia, Melão, Pepino;
Peronospora sparsa - Rosa;
Peronospora manshurica (Peronospora sojae ou Pseudoperonospora manshurica) - Feijão, Feijão vagem, Soja;
Peronospora parasitica (Peronospora lepidii, Peronospora lepidii-sativi ou Peronospora lepidii-virginici) - Brócolis, Couve, Couve-chinesa, Couve-flor, Repolho;
Peronospora destructor (Peronospora schleideni e Peronospora schleideniana) - Alho, Cebola, Cebolinha;
Phytophthora infestans – Tomate, Batata;
Na cultura da ervilha, há sérios problemas com Peronospora pisi na Região Sul e em algumas localidades no sul dos estados de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O fungo tem preferência por períodos chuvosos com alta umidade relativa do ar e clima frio.
Ele causa grandes manchas sobre a folha. Na face superior da folha nota-se a formação de lesões amareladas cloróticas, de formato angular ou irregular, que posteriormente coalescem e tornam-se marrons e secam. Na face inferior da folha, região correspondente às lesões da face superior, formam-se as estruturas de frutificação do fungo, apresentando coloração esbranquiçada. Quando a infecção é severa e é aliada excesso de água, a doença pode tornar-se sistêmica, causando abundante esporulação em toda a superfície inferior da folha, a qual adquire coloração roxo-acinzentada. O fungo também afeta as brotações, causando distorções e interrompendo o desenvolvimento normal da planta. A infecção pode atingir as vagens em desenvolvimento, causando a formação de manchas marrons, intercaladas por tecidos verdes. Havendo condições ambientais propícias ao fungo, até as sementes podem ser atingidas, apresentando manchas marrons e áreas deprimidas.
Na alcachofra encontram-se raças especializadas do patógeno não patogênicas à alface. O míldio é uma das doenças mais importantes da alcachofra, causando grandes perdas sob condições favoráveis ao desenvolvimento do patógeno. O mídio também está muito presente nas regiões produtoras de cucurbitáceas e frequentemente causa grandes perdas econômicas. É uma doença que ocorre em praticamente todo o Brasil, mas os sintomas são mais severos nas regiões mais frias e úmidas. As lesões provocadas por míldio podem favorecer a instalação de outros fungos, como Botrytis cinereae na própria alcachofra, por exemplo.
É uma das mais importantes doenças que ocorrem nas roseiras e está disseminada nas principais regiões onde se cultiva a planta. A doença inicia no centro da planta e posteriormente progride para o ápice, atingindo as extremidades dos ramos, pecíolos e brotos. Na face superior da folha nota-se a formação de manchas irregulares de coloração pardacenta a violácea. Com o desenvolvimento da doença, as manchas recobrem toda a superfície da folha, que, posteriormente, ficam enroladas, secam e caem. Quando a infestação é severa, geralmente ocorre desfolha. O fungo também afeta os botões florais, sendo denominada de "louquinha" pelos produtores. Além das manchas avermelhadas nos cálices e botões florais, observa-se também a paralisação do desenvolvimento da planta.
Quando presente em feijão e soja, além de infectar as folhas, o fungo também infecta as vagens, podendo causar deterioração das sementes ou infecção parcial. Nesse caso, a semente apresenta uma crosta pulverulenta, formada de micélio e esporos do fungo, e o tegumento adquire coloração bege a castanho-claro.
Nas brasicáceas (crucíferas - brócolis, couve, couve-flor, rabanete, repolho e rúcula), o fungo também causa problemas na fase de sementeira, afetando a formação de mudas. Nas plantas adultas, dependendo das condições ambientais, o patógeno pode provocar sérios prejuízos, pois afeta as folhas. No entanto, é na fase reprodutiva que os danos podem ser ainda maiores, já que o fungo infecta a inflorescência.
Em espécies do gênero Allium (alho, cebolinha, cebola, alho-porró e outras), o sintoma inicial é uma descoloração, que progride para uma mancha amarelada e alongada no sentido do comprimento da folha. Posteriormente, surge sobre essas lesões uma massa colorida, às vezes rosa/violeta ou bege, ou acinzentada. As folhas chegam até a quebrar nessas lesões. Alternaria e outros fungos são invasores frequentes destas lesões, mascarando os sintomas do míldio e fazendo assim mais difícil sua diagnose.
A doença pode afetar toda a parte aérea do tomate e da batata, e é também conhecida nessas culturas por requeima. Com a evolução, os pecíolos e os caules também são afetados da mesma forma que são primeiramente afetadas as folhas, e, se as más condições climatéricas se mantiverem toda a planta acaba por morrer. Nos frutos de tomate verdes, os sintomas são manchas marmoriadas castanhas que se generalizam por toda a superfície. Esses frutos sofrem posteriormente infecções secundárias de micélios brancos e acabam por apodrecer. Já na batata, os tubérculos infectados mostram inicialmente manchas pardas ou púrpuras, constituídas de tecido encharcado escuro, pardo-avermelhado. Mais tarde, as áreas afetadas tornam-se rígidas, secas e levemente deprimidas. Os tubérculos infectados podem ser posteriormente invadidos por fungos e bactérias saprofíticos, causando podridão mole e exalando um odor desagradável pútrido.
Prevenção e Controle:
→Eliminação dos restos de cultura;
→Rotação de culturas não susceptíveis;
→Utilização de sementes sadias;
→Evitar plantio em locais com muita umidade;
→Evitar a irrigação por aspersão;
→Reduzir o tempo de molhamento foliar realizando as regas em intervalos maiores e no período da manhã;
→Propiciar melhor ventilação na cultura;
→Fungicidas químicos;
→Uso de variedades resistentes;
→Evitar excesso de sombreamento;
Míldio em alface
Míldio em ervilha
Míldio em abóbora
Míldio em melancia
Adaptado de: Agrolink
Míldio em melão
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