quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Principais doenças do milho (Parte 2)

A CULTURA DO MILHO (PÁGINA 6)


Helmintosporiose (Exserohilum turcicum e Bipolaris maydis) 

Acondições favoráveis ao fungo se dão com alta umidade e temperatura entre (18 e 27 °C). Na época de safrinha e nos plantios em agosto e setembro é quando se tem maiores danos com a doença. Ocorrem lesões necróticas e elípticas de coloração verde-cinza a marrom nas folhas. Nas regiões altas, as chamadas chapadas, estas condições podem ser observadas durante o ano todo. 
 
Fonte: Grigolli e Lourenção 


Antracnose (Colletotrichum graminicola) 

Essa doença pode fazer com que os sintomas sejam manifestados no colmo, nas folhas, e nas plântulas. É favorecida pela ocorrência de chuvas na fase de produção das plantas. O microclima proporcionado por plantios muito adensados também contribuem para a incidência da doença. 
No colmo da planta de milho adulta formam-se lesões negras, estreitas e alongadas, que coalescem. Internamente, os tecidos apodrecem, e o colmo quebra facilmente. Na lâmina foliar, as lesões são escuras, elípticas ou ovaladas e coalescem. Na nervura central da folha, as lesões são escuras, elípticas ou alongadas. 
 
Adaptado de: EMBRAPA, 2006. 


Podridão do colmo por Fusarium (Fusarium spp.) 

Alta umidade do solo e temperaturas entre 28 a 30°C favorecem a presença da doença, que infecta as raízes, pode causar a murcha e também o tombamento de plântulas. Além disso, causa a podridão da espiga e pode ser vinculada as sementes. 
Em plantas infectadas, o tecido dos entrenós inferiores geralmente adquire coloração 
avermelhada que progride de forma uniforme e contínua da base em direção à parte superior da planta. Embora a infecção do colmo possa ocorrer antes da polinização, os sintomas só se tornam visíveis logo após a polinização e aumentam em severidade à medida em que as plantas entram em senescência. A infeção pode se iniciar pelas raízes e é favorecida por ferimentos causados por nematóides ou pragas subterrâneas. 
 


Podridão de Stenocarpella (Stenocarpella maydis e Stenocarpella macrospora) 

A severidade dessa podridão é favorecida pela alta umidade, temperaturas entre 28 e 30°C e por semeadura em alta densidade. Plantas infectadas por qualquer um desses fungos apresentam, externamente, próximas aos entrenós inferiores, lesões marrom-claras, quase negras, nas quais é possível observar a presença de pequenos pontinhos negros (picnídios).  
Internamente, o tecido da medula adquire coloração marrom, pode se desintegrar, permanecendo intactos somente os vasos lenhosos sobre os quais é possível observar também a presença de picnídios. Nas folhas, o fungo causa lesões necróticas alongadas, com um ponto de infecção visível, que as distingue das lesões de Exserohilum turcicum. Apresentam como único hospedeiro o milho o que torna a rotação de culturas uma medida eficiente no controle dessa doença. 
 
Adaptado de: Sabato, 2014. 


Podridão Seca do Colmo (Macrophomina phaseolina) 

A infeção das plantas se inicia pelas raízes. Embora essa infecção possa ocorrer nos primeiros estádios de desenvolvimento da planta, os sintomas são visíveis nos entrenós inferiores, após a polinização. A podridão de Macrophomina é favorecida por altas temperaturas (em torno de 32°C) e baixa umidade no solo. Apresenta um grande número de hospedeiros, inclusive o sorgo e a soja o que torna a rotação de cultura uma medida de controle pouco eficiente. 
Esse fungo invade os tecidos verdes do colmo da planta de milho adulta, geralmente no primeiro entrenó, e causa o tombamento da planta. Sobrevive no solo, e causa também tombamento de plântulas. 
 
Fonte: EMBRAPA, 2006. 


Podridão por Pythium (Pythium aphanidermatum) 

Essa podridão se assemelha das ocasionadas por bactéria, que são aquosas. Tem diferença entre elas por ficar tipicamente restrita ao primeiro entrenó acima do solo, enquanto que as bacterioses atingem vários entrenós. As plantas, antes de tombarem, geralmente sofrem uma torção. Plantas tombadas permanecem verdes por algum tempo, visto que os vasos lenhosos permanecem intactos. A doença é favorecida por temperaturas em torno de 32°C e por alta umidade no solo proporcionada por prolongados períodos de chuva ou irrigação excessiva. 
 
Fonte: EMBRAPA, 2006. 



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